Cibercriminosos atuam em diversas linhas, por meio de diferentes tipos de ataques. Um dos mais comuns realizados, principalmente em servidores brasileiros, é o ataque DDoS (Distributed Denial of Service). Esta é uma das modalidades que mais crescem nos cibercrimes realizados no país.
Cada um desses tipos de ataque causa uma série de consequências graves para as empresas, principalmente prejuízos financeiros diretos e indiretos.
Em 2017, por exemplo, foram 264,9 mil ataques DDoS, tendo o maior deles atingido 641 Gbps. Assim, torna-se importante saber como funcionam essas ações e como se proteger delas.
Continue lendo e saiba o que é o ataque DDoS, quais os objetivos dos criminosos ao realizarem um ataque dessa natureza e, principalmente, o que deve ser feito para evitar maiores prejuízos.
O que é um ataque DDoS?
Compreendendo o nome, você já entenderá a essência desse tipo de ação. DDoS é a sigla para Distributed Denial of Service ou, em português, ataque distribuído de negação de serviço.
Basicamente, o ataque é uma investida realizada por hackers que visam, por meio de sobrecarga, inutilizar o servidor e, com isso, tirar o serviço do ar.
Como ele funciona?
Um ataque DDoS tem, como ferramenta principal, a sobrecarga de acessos para inutilizar o serviço.
Ou seja, um importante diferencial dele para outros tipos de ataques hackers é: ele não tem um caráter invasivo, ou seja, para sua realização não é necessária uma brecha de vulnerabilidade.
Devido a esse fato, as tentativas de ataque DDoS são altas, já que não é preciso muita expertise para tentá-lo, o que faz com que hackers iniciantes tenham a capacidade de realizá-lo também.
Além de sobrecarregar a largura de banda do servidor principal com alto índice de acessos, o ataque DDoS usa os recursos do servidor até que se esgotem e inviabilize o serviço.
Mais especificamente, são enviados vários pedidos de solicitações em diversos pontos da Internet, fazendo com o que o servidor não comporte a demanda e pare de funcionar.
Nessa situação, um computador central (master) comanda uma série de máquinas zumbis (zombies), normalmente centenas ou milhares de computadores.
O master aciona os zombies (computadores infectados e comandados pelo principal) para que todos acionem o mesmo comando, no mesmo dia e horário.
Assim, no momento determinado para o ataque DDoS, todas as máquinas direcionam seus esforços para acessar o servidor escolhido pelo cibercriminoso.
Como há um limite de banda, o alto número de acessos faz com que o sistema se sobrecarregue e, assim, há uma “negação de serviço”, impedindo o atendimento a novas requisições.
Aproveite e veja na prática como funciona um ataque DDoS em tempo real e entenda melhor como funciona nesse vídeo.
Qual o objetivo deste tipo de ataque?
Como no ataque DDoS não há uma invasão no sistema ou o aproveitamento de qualquer vulnerabilidade do servidor principal, fica claro que o objetivo prioritário é inutilizar o acesso ao serviço.
Parece inocente e, portanto, uma ação gerada por hackers iniciantes e sem objetivos escusos além de provocar prejuízos financeiros com a queda do serviço, não é mesmo?
Pois é, mas apenas parece. Há uma tendência cada vez mais forte de cibercriminosos aplicarem este tipo de ataque como uma espécie de distração para tirar o foco da segurança de TI.
Assim, enquanto os profissionais se ocupam em restabelecer o serviço que foi limitado, os criminosos aproveitam para direcionarem os esforços para invasões de sistema sem maiores problemas.
Consegue-se, assim, roubos de dados e invasões de sistema mais facilmente, sem a atenção dos responsáveis por segurança para evitar ataques secundários.
Portanto, é importante ter consciência de que um ataque DDoS não é algo inocente, sendo necessário se precaver e proteger deles para evitar consequências mais graves futuramente.
Como se proteger de um ataque DDoS?
Um ataque DDoS, além de expor à empresa a outros tipos de danos mais severos (fraudes e roubo de informações), também acarreta em outros problemas, tais como:
- custos de recuperação de acesso;
- diminuição de produtividade;
- prejuízos com a inutilização do serviço;
- má reputação com o público;
- perda de oportunidades de vendas e de negócios, entre outros.
É essencial saber como proteger a organização dessa situação e evitar perdas e custos a longo prazo. Veja as principais práticas para potencializar a segurança e aplique-as imediatamente.
Invista em largura de banda
Se uma das principais causas da negação de serviço é a ocupação da banda, quanto mais investir em aumentar a largura da mesma, menores as chances dos hackers em derrubar o servidor.
Por isso, é imprescindível escalar a largura de banda, de forma a minimizar as chances de ter problemas com ataque DDoS.
Desta forma, também é possível prestar melhor suporte a solicitações de tráfego maiores, prevenindo problemas até mesmo em caso de aumento inesperado de acessos de forma orgânica.
Implemente uma conexão reserva
Uma opção para evitar a negação total de serviço é ter um conjunto separado de endereços de IPs e uma conexão reserva. Eles poderão ser acionados caso a conexão primária passe por problemas e instabilidades.
Treine suas equipes para identificar os ataques
Quanto mais facilmente os funcionários de TI conseguem identificar um ataque DDoS, mais agilmente conseguem resolver a situação, evitando danos maiores.
Assim, também são diminuídos os riscos de ser necessário direcionar todos os esforços para restabelecer o serviço e abrir brecha para ataques secundários de invasão.
Ensine-os a se familiarizar com análises de tráfego, de forma a identificarem de imediato as anomalias mais comuns, principalmente picos súbitos inesperados.
Contrate serviço de proteção contra DDoS
É imprescindível contar com serviços especializados e direcionados para a proteção dos dados da empresa e garantir o funcionamento dos servidores em caso de ataques.
Essas soluções conseguem identificar os primeiros indícios de uma ação hacker e colocar em prática todos os protocolos de segurança, reduzindo riscos e danos posteriores.
Suas equipes poderão se dedicar a continuar observando a situação e bloquear as ações maliciosas secundárias, que podem acarretar em fraudes e perdas de dados para hackers.
Também é essencial, portanto, além de saber como se proteger de ataques DDoS, garantir a segurança das informações da empresa.
Afinal, caso as medidas anteriores não funcionem e uma invasão ou um ataque ransomware ocorra, é necessário ter uma forma de recuperação de dados para não piorar os prejuízos gerados pelos cibercriminosos.
Diversas práticas podem ser adotadas pelas empresas a fim de prevenir invasões criminosas, como no caso do ataque DDoS.